A endoscopia terapêutica está em pleno crescimento e, essa evolução já é perceptível para as doenças esofágicas. 

A terapia endo luminal, por exemplo, já trata muitas doenças esofágicas que eram anteriormente tratadas somente com cirurgias. A miotomia peroral endoscópica (POEM), também já é amplamente aceita no tratamento de pacientes com acalasia. E a fundoplicatura endoscópica sem cirurgia, trata eficazmente a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE).

Diante disso, trouxemos hoje o que há de novo no uso da endoscopia terapêutica em algumas condições e o que esperar dela no futuro. Continue a leitura para se atualizar na área.

Em quais condições a endoscopia terapêutica é eficaz?

Acalasia

A acalasia é caracterizada pela ausência do peristaltismo esofágico e o relaxamento do esfíncter esofágico inferior prejudicado, causando disfagia esofágica.

O uso da POEM no tratamento da Acalasia

A POEM permitiu que a miotomia se tornasse minimamente invasiva, mantendo a camada mucosa intacta e expondo o músculo subjacente à incisão. A sua eficácia é comparável à miotomia laparoscópica de Heller.

Em uma revisão sistemática, a POEM teve 98% de sucesso clínico. Além disso, essa técnica é eficaz na acalasia tipo III, a qual outros tratamentos não mostram resultados. 

Direções futuras para o uso da POEM

As evidências que apoiam o uso do POEM estão aumentando, no entanto, há ainda altas taxas de DRGE após a POEM. Para que essa terapia torne-se o tratamento ouro para acalasia, mais estudos são necessários para avaliar a capacidade de combinar a POEM com um tratamento antirrefluxo endoscópico.

Divertículo de Zenker (DZ)

É caracterizado pela herniação de uma área imediatamente proximal ao do músculo cricofaríngeo.

O uso da miotomia cricofaríngea endoscópica flexível (FECM) e a Z-POEM no tratamento do DZ

A FECM é considerada uma terapia minimamente invasiva de primeira linha para DZ pequenos a moderados. Mas, tem grande limitação, já que tem dificuldade em fazer uma miotomia completa. Por isso, a Z-POEM ganhou interesse rapidamente, uma vez que tem altas chances de sucesso e baixos eventos adversos.

Direções futuras para o uso da Z-POEM

A terapia ainda precisa ser melhor padronizada, mas, a alta eficácia é indiscutível. 

DRGE

A cirurgia laparoscópica antirrefluxo (LARS) ainda é o tratamento padrão ouro em pacientes que não conseguiram reverter a DRGE com medicamentos. No entanto, seu uso é limitado por ser muito invasivo. Algumas terapias endoscópicas têm demonstrado eficácia, como a Fundoplicatura transoral sem incisão (TIF).

O uso da TIF no tratamento de DRGE

A TIF foi uma terapia que foi evoluindo, com a TIF 2.0, ela alcança resultados comparáveis ​​ao padrão ouro laparoscópico de Fundoplicatura de Nissen.

Estudos prospectivos que avaliaram a TIF 2.0, mostraram melhora do pH do esôfago, diminuição da utilização de inibidores da bomba de próton e melhora da qualidade de vida dos pacientes.

Direções futuras para o uso da TIF

Apesar de várias terapias endoscópicas já terem sido testadas na DRGE, a TIF tem provavelmente o futuro mais promissor como uma técnica menos invasiva parecida com a LARS.

Como pode ser observado, há avanços gigantes no tratamento endoscópico de doenças esofágicas. E, é possível que muito mais condições esofágicas possam se beneficiar do uso da terapia endoscópica. 

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▪ Endorp Endoscopia&Diagnóstico

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