Os exames utilizados hoje para diagnosticar os cistos pancreáticos não são 100% eficazes. Tomografia computadorizada e ressonância magnética não proporcionam identificação e classificação correta das lesões pancreáticas e podem levar ao tratamento inadequado.
Gostaríamos de compartilhar com vocês esse artigo de revisão publicado pela Gastro Hep Advances. Onde é apresentada uma forma mais efetiva de diagnosticar os cistos pancreáticos. Descubra qual é essa técnica ao longo texto!
DESAFIOS NO DIAGNÓSTICO DE CISTOS PANCREÁTICOS
Exames de imagens como tomografia computadorizada e ressonância magnética são as mais utilizadas no diagnóstico dos cistos. No entanto, essas técnicas têm precisão limitada na caracterização e identificação do potencial maligno do cisto pancreático.
A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) guiada por ecoendoscopia também é utilizada no diagnóstico e, apesar de apresentar limitações, é a melhor técnica na clínica atualmente. Esse exame pode ser prejudicado pela falta de células no aspirado, além disso, tem sensibilidade baixa para morfologia e citologia.
O que temos utilizado hoje como recurso no diagnóstico dos cistos, nos fornece informações limitadas. Isso pode levar a uma abordagem terapêutica inapropriada entre cirurgia para remoção ou apenas acompanhamento do cisto.
A solução apresentada pelos autores do artigo é uso da endomicroscopia confocal a laser como complemento à PAAF guiada por ultrassonografia.
ENDOMICROSCOPIA CONFOCAL A LASER (ECL)
A ECL, também conhecida como biópsia ótica, é um recurso que ganhou espaço na gastroenterologia ao ser utilizada na detecção da proliferação epitelial intestinal. Desde então, tem sido utilizada como ferramenta diagnóstica para alguns distúrbios gastrointestinais
Essa técnica utiliza um feixe de laser que permite obter imagens microscópicas in vivo em tempo real, permitindo um diagnóstico histológico sem a necessidade de uma biópsia convencional.
O artigo apresenta dois tipos de ECL:
- Baseada em sonda: mais utilizada em distúrbios gastrointestinais
- Baseada em agulha: a ideal para os cistos pancreáticos, permite encostar na parede do cisto para gerar imagens de seu interior
ECL E CISTOS PANCREÁTICOS
O papel da ECL nesse caso é caracterizar e classificar as lesões císticas pancreáticas, para que seu potencial maligno seja identificado corretamente. O diagnóstico preciso dos cistos pancreáticos é importante para se evitar cirurgias desnecessárias ou um prognóstico errado.
A ECL baseada em agulha combinada com a PAAF fornece um diagnóstico quase perfeito, com sensibilidade e especificidade apropriadas para a decisão de tratamentos assertivos.
Um estudo citado no artigo, avaliou a praticidade e segurança da ECL com agulha e chegou ao resultado de 59% de seletividade e 100% de especificidade. Em relação à segurança, foram poucos os pacientes que apresentaram efeitos colaterais moderados ou leves. Notou-se também que as reações estão mais associadas à prática do médico em realizar o exame, do que à técnica propriamente dita.
Além disso, outra pesquisa citada, demonstrou que a partir da classificação dos cistos pancreáticos gerada pela ECL houve uma mudança na abordagem terapêutica. Houve aumento na descontinuação do monitoramento (em 32%) e no encaminhamento para cirurgia (em 10%).
Confira o artigo na íntegra aqui.
CONCLUSÃO E CONSIDERAÇÕES
Cistos pancreáticos são um fator de risco para o adenocarcinoma ductal pancreático. E a mortalidade para esse câncer tem aumentado nos últimos anos, possivelmente pelas lacunas que ainda existem no diagnóstico e prevenção.
Nós do time Endorp acreditamos que algo está precisando melhorar, por isso trouxemos esse artigo tão importante aqui. Precisamos nos atualizar sempre e para isso você pode contar com nossa equipe!
Compartilhe esse texto com seus colegas, vamos mudar esse cenário!
Você procura atualizações em Endoscopia com respaldo científico e atendimento humanizado por profissionais com alta capacitação? A Endorp é a clínica certa para você! Em caso de dúvidas, entre em contato.
Endorp Endoscopia&Diagnóstico
