Para você que é profissional de saúde, o quanto essa  informação é nova?  De fato, é uma diretriz recente. Pela primeira vez, a US Preventive Services Task Force (USPSTF) e a American Cancer Society, recomendam que o início do rastreio para o câncer colorretal, deve iniciar não mais aos 50, mas sim aos 45 anos de idade.

Nos Estados Unidos, o câncer colorretal é responsável pelo segundo lugar em número de mortes, entre homens e mulheres combinados. O seu diagnóstico ocorre principalmente em pessoas com 65 a 74 anos, entretanto, a incidência de câncer colorretal, em especial o adenocarcinoma, aumentou em 15% entre adultos de 40 a 49 anos, quando comparado os anos de 2000-2002 e 2014-2016.

Mas, quais as recomendações de triagem para aqueles com risco médio ou maior de câncer colorretal? E quais testes de rastreamento devem ser realizados por esses grupos?

Continue por aqui que nós vamos te responder.

Recomendações de triagem

A triagem é essencialmente importante para detectar lesões cancerígenas menores e restritas, de forma a facilitar o tratamento e cura do paciente. As informações abaixo estão de acordo com as diretrizes da American Cancer Society.

Triagem para aqueles com risco médio de câncer colorretal

  • A triagem deve ser iniciada aos 45 anos de idade;
  • Idosos saudáveis e com expectativa de vida superior a 10 anos, devem realizar os exames regulares até os 75 anos de idade;
  • A partir de 76 anos de idade, a decisão de continuar a fazer os exames de rastreio deve partir do médico e paciente;
  • Acima de 85 anos de idade, não é mais recomendado o rastreio do câncer colorretal.

Triagem para aqueles com risco alto de câncer colorretal

São considerados de alto risco aqueles que:

  • Apresentam histórico familiar de pólipos e câncer colorretal ou síndromes hereditárias (como polipose adenomatosa familiar e síndrome de Lynch);
  • Histórico pessoal de pólipos, câncer colorretal ou doença inflamatória intestinal (como colite ulcerativa ou doença de Crohn);
  • Histórico pessoal de radiação nas áreas próximas ao abdômen em decorrência de um tratamento para câncer.

Nos casos supracitados, pode ser que o início do rastreio para o câncer colorretal tenha que ser iniciado antes dos 45 anos. Da mesma forma, os exames devem ser realizados com maior frequência.

Testes de rastreamento recomendados para o câncer colorretal

Existem muitas opções de exames de rastreio para o câncer colorretal, mas a colonoscopia continua sendo a mais eficiente no diagnóstico. A escolha do exame deve ser discutida com o médico, que também deve levar em consideração o custo e a individualidade de cada paciente, são eles:

  • Teste imunoquímico fecal ou exame de sangue oculto nas fezes (específico para hemoglobina humana) todos os anos;
  • Exame de sangue oculto nas fezes à base de guáiaco todos os anos;
  • Teste de DNA de fezes a cada 3 anos;
  • Colonoscopia a cada 10 anos;
  • Colonografia por tomografia computadorizada a cada 5 anos;
  • Retossigmoidoscopia flexível a cada 5 anos.

É importante salientar que caso algum teste tenha resultado anormal, a colonoscopia é recomendada para garantir o diagnóstico de câncer colorretal.

Cerca de um a cada quatro pacientes com câncer de colorretal poderiam ser elegíveis para a triagem precoce. Dessa forma, torna-se fundamental que as recomendações aqui discutidas, sejam colocadas em prática, o quanto antes na clínica. 

Muitos pacientes não fazem os exames de rastreio para o câncer colorretal, porque não recebem a orientação do médico que o acompanha. Se você é médico, veja como orientar melhor o seu paciente, clicando aqui. [Add aqui o link para o folder]

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▪ Endorp Endoscopia&Diagnóstico

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