Segundo o Guia da Sociedade Europeia da Endoscopia Gastrointestinal (ESGE, sigla inglesa do órgão), a tecnologia de enteroscopia por cápsula está agora disponível no mercado em muitos países, as suas indicações clínicas bem como os relatórios de cápsula endoscópica e o trabalho pós-cápsula ainda não foram estandardizados.

Recentemente, uma segunda geração do dispositivo de cápsula endoscópica (C.E.) foi lançado, e fornece mais imagens por segundo e um maior ângulo de visão. Um trabalho publicado na Digestive Endoscopy comparou a sensibilidade entre dispositivos de primeira e segunda geração e a colonoscopia comum.

COMPARAÇÃO COM A COLONOSCOPIA

Segundo aquele estudo, a cápsula endoscópica de primeira geração (C. E.-1) tinha uma sensibilidade para a detecção do pólipo cônico; assim, a cápsula endoscópica de segunda geração (C. E.-2) foi desenvolvida para alcançar um melhor diagnóstico. 

O C. E.-2 tem cerca de 80%-95% de sensibilidade para a detecção de pólipos maiores ou iguais a ≥6 mm. Um estudo multicêntrico europeu prospectivo realizado por Spada e colaboradores mostrou que a taxa de detecção de pólipos colônicos  maiores que 5 mm usando C. E.-2 era quase igual à de tais pólipos usando a colonoscopia. Na sua meta-análise subsequente, a sensibilidade de detecção de pólipos cólicos maiores que 6 e maiores que 10 mm aumentou entre o desenvolvimento de C.E.-1 e C.E.-2.  Também foi mostrado que a C. E-2 e a C.E.-1 detectaram pólipos maiores que 6 mm com 86% de sensibilidade (82%-89%, com intervalo de confiança  (I. C.) de 95%) e 58% de sensibilidade (44%-70%, com I. C. de 95%) e detectaram pólipos maiores que 10 mm com sensibilidade de 87% (81%-91%, com I. C. de 95%) e 54% de sensibilidade (29%-77%, I. C. de 95%), respectivamente. 

Desta forma, com a melhoria da função de imagem, o desempenho do C.E.-2 quase atingiu o desempenho da colonoscopia. Pioche e colaboradoes recomendaram ou colonografia por tomografia computadorizada, ou enteroscopia por cápsula para pacientes com testes de sangue oculto fecal positivo e avaliaram o grau de efeito adicional para aqueles que estavam relutantes em submeter-se à colonoscopia. Finalmente, concluíram que a simples proposta de um procedimento adicional menos invasivo, como enteroscopia por cápsula ou colonografia por tomografia computadorizada, não era eficaz. 

O estudo prospectivo de Adrián-de-Ganzo et al. realizado com 329 familiares de primeiro grau assintomáticos de pacientes com câncer colorretal (CCR) atribuiu estes a grupos aleatórios de indivíduos examinados por C. E. ou colonoscopia. Eles reportaram que a C. E. não conseguiu aumentar a aderência e aceitabilidade nos familiares de primeiro grau com CCR. Faz-se necessário realizar mais estudos em grande escala para confirmar que a C. E. é uma modalidade altamente aceitável para o rastreio de CCR.

PERSPECTIVA FUTURA

Até o momento, uma nova cápsula, “small-bowel colon” (SBC, termo inglês que significa “intestino delgado”) (PillCam Crohn’s; Medtronic) foi concebida para imaginar o intestino delgado e o cólon. A cápsula SBC é semelhante à C. E.-2 no que diz respeito aos componentes de hardware, mas difere no seu modo de funcionamento e software dedicado. A aplicação desta cápsula expandir-se-ia a outras doenças cujas lesões ocorrem em todo o trato digestivo.

A endoscopia de cápsulas de cólon requer atualmente excesso de laxantes, por conseguinte, reduz a aceitação do paciente, resultando na sua má utilização, apesar de ter boa precisão. Em primeiro lugar, é necessário melhorar o método de preparação para que a taxa de conclusão de C. E. possa ser aumentada sem tomar um grande volume de laxantes. 

Outro problema com a C. E. inclui o fardo da leitura, interpretação e o desprezo pelas lesões. Atualmente, o desenvolvimento do diagnóstico automático de C. E. utilizando inteligência artificial está ainda em curso. Além disso, o sistema de orientação sobre enteroscopia por cápsula foi desenvolvido para melhorar a taxa de conclusão dela e para obter a função de biópsia alvo. Espera-se que estas tecnologias sejam desenvolvidas no futuro e sejam utilizadas em aplicações clínicas como produtos reais. Se desenvolvido com sucesso, a endoscopia por cápsula pode adquirir uma função de entrega de medicamentos.

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